Após movimento da Câmara, Cícero Lucena reafirma desejo de desapropriar o Hotel Tambaú - Suetoni Souto Maior


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O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), reafirmou nesta quarta-feira (2) o desejo de dar seguimento à desapropriação do Hotel Tambaú. O espaço está fechado desde 2021, envolto em uma disputa judicial envolvendo dois grupos econômicos. O tema voltou à tona depois de o presidente da Câmara de João Pessoa, Dinho Dowsley (PSD), apresentar proposta de indicação, na Casa, reforçando o pedido para que o imóvel seja transformado em espaço público, com a fixação de um centro cultural, um aquário municipal ou que sejam recrutados investidores através de Parcerias Público Privadas (PPPs).

“Eu quero dizer da importância desse ato da Câmara Municipal de João Pessoa em identificar com um equipamento tão importante para o desenvolvimento turístico da nossa cidade. Por isso, parabenizo os vereadores que com responsabilidade cobram a continuidade de uma ação que a prefeitura fez em 2021, mas que tem um problema na Justiça que não nos permitiu ainda tomar posse”, ressaltou o prefeito, alegando que o compromisso de “não deixar a especulação imobiliária atrapalhar o desenvolvimento econômico da nossa cidade”.

O prefeito explicou que o Município já está estudando as medidas jurídicas que serão adotadas para buscar uma solução para a disputa jurídica travada desde 2021. “Obviamente que nós vamos trabalhar junto ao Superior do Tribunal de Justiça, demonstrando o quanto esse equipamento é importante para o desenvolvimento. O desenvolvimento da nossa cidade. Então, espero que possamos agilizar ou criar outros mecanismos para que a gente possa disponibilizar esse equipamento para a cidade”, ressaltou o prefeito de João Pessoa. A prefeitura chegou a publicar um decreto em 2021, tornando a área de interesse público para fins de desapropriação.

O Hotel Tambaú foi leiloado em 2021 paro o pagamento de dívidas deixadas pela Rede Tropical. O primeiro a arrematar foi o grupo A. Gaspar, do Rio Grande do Norte, que topou pagar R$ 40,6 milhões pelo bem. Ele acabou desistindo e o grupo paraibano Ampar Hotelaria, segundo colocado no certame, aceitou pagar o mesmo valor pelo imóvel. Acontece que depois disso houve a judicialização entre os dois pretendentes. E o processo segue desde então. Atualmente, tramita no Superior Tribunal de Justiça, onde não tem movimentação desde o ano passado.

Com informações de Suetoni Souto Maior

Blog do Milton Figueirêdo

Milton Figueirêdo

Jornalista com especialização em telejornalismo.

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