Com prisão decretada, médico Fernando Cunha Lima não é encontrado em casa e é procurado pela polícia - Suetoni


Leia matéria completa do Blog do Suetoni:

"O pediatra Fernando Paredes Cunha Lima não foi encontrado pela Polícia Civil no apartamento onde mora, em João Pessoa, nesta terça-feira (5). Ele teve o mandado de prisão preventiva determinado pelos desembargadores que compõem a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJPB). No local, foram cumpridos apenas os mandados de busca e apreensão determinados pelos magistrados. A lista inclui o recolhimento de aparelhos celulares, computadores, outros dispositivos eletrônicos e fichas médicas em posse do médico. O blog questionou a defesa do médico, mas não obteve respostas sobre a eventual apresentação do suspeito.

Fernando Cunha Lima é acusado da prática do delito de estupro de vulnerável contra várias crianças, a maioria pacientes. A lista de vítimas inclui também parentes do médico, segundo a acusação. Uma sobrinha denunciou um caso de abuso que teria ocorrido há mais de 30 anos, na casa do pediatra. Ela atualmente tem 41 anos, mas conta que o caso ocorreu quando tinha apenas 9 anos. Os casos vieram à tona em meados deste ano, após denúncia formulada pela mãe de uma criança que teria sido abusada pelo médico. Se o pediatra de 81 anos não se apresentar, ele será declarado foragido pela Justiça.

Segundo o desembargador Ricardo Vital, relator da matéria, a prisão cautelar busca garantir a ordem pública, prevenindo novos crimes e protegendo a sociedade. “O fundamento da prisão cautelar na garantia da ordem pública tem por desiderato, outrossim, e no caso, impedir que o denunciado continue delinquindo e, consequentemente, trazer proteção à própria comunidade, coletivamente valorada. Delitos desse jaez, não raro, redundam em consequências trágicas para a população, despertando justificada desconfiança popular, acostumando-se com o senso de impunidade e gerando clima de intranquilidade e insegurança jurídica”, afirmou.

Conforme os autos, o acusado, durante atendimento médico, atraía as vítimas para perto dele, sem que outras pessoas estivessem por perto para testemunhar, ou mesmo se utilizava de subterfúgios para disfarçar a prática dos atos quando parentes das vítimas se encontravam no mesmo ambiente.

Com informações do Blog do Suetoni

Blog do Milton Figueirêdo

Milton Figueirêdo

Jornalista com especialização em telejornalismo.

Pressione ESC ou feche