Datafolha: Lula venceria Bolsonaro e demais nomes da direita se eleição fosse hoje - Paraíba Já


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"Com sinais de freio na queda de popularidade e diante da indefinição de seus adversários, o presidente Lula (PT) venceria todos os nomes apoiados por Jair Bolsonaro (PL) se as eleições de 2026 fossem hoje, indica pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (5).

O levantamento mostra que, mesmo se Bolsonaro recuperasse seus direitos políticos e entrasse na disputa, também seria derrotado pelo petista. O ex-presidente está inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral e é réu sob a acusação de liderar uma trama golpista em 2022.

Faltando 18 meses para a eleição, o Datafolha testou cinco cenários de primeiro turno com o atual presidente. No confronto direto contra Bolsonaro, Lula tem 36% das intenções de voto, e Bolsonaro, 30%.

O instituto ouviu 3.054 pessoas com 16 anos ou mais em 172 municípios de terça (1º) até quinta-feira (3). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O cenário com Lula e Bolsonaro inclui também o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), com 12%; o influenciador Pablo Marçal (PRTB), com 7%; e o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB), com 5%. Brancos, nulos e “nenhum” somam 9%, além de outros 2% que não souberam responder.

Já no quadro sem Bolsonaro, Lula lidera com 35% no cenário testado com os principais nomes da direita cogitados até agora. Atrás dele, vem um bloco que inclui o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos (15%), e Ciro e Marçal (11% cada um).

Depois, aparecem o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), com 5%; e Eduardo Leite e o mineiro Romeu Zema (Novo), com 3% cada um. Único pré-candidato já declarado, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), tem 2%.

O petista lidera em quase todos os segmentos de faixa etária, renda e escolaridade. No recorte por região, no Nordeste ele vai a 50%.

Ainda considerando esse cenário mais amplo, entre os eleitores que avaliam o mandato de Lula como ruim ou péssimo, apenas 2% dizem que votariam no petista. Outros 29% votariam em Tarcísio.

Aliados do PL especulam que, mantida a inelegibilidade de Bolsonaro, o ex-presidente apoiaria um familiar —o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro— e conservaria Tarcísio no Governo de São Paulo.

O desempenho de Lula pouco varia em qualquer um dos cenários testados com diferentes herdeiros políticos de Bolsonaro.

Contra Eduardo, que anunciou autoexílio nos EUA neste mês, o petista marca 35%, e o deputado, 11%, empatado tecnicamente com Ciro. Já contra Michelle, Lula mantém os 35%, e ela marca 15%, também em empate técnico com o pedetista.

Esses cenários projetam que, sem Bolsonaro, nomes como Marçal, Ratinho, Zema, Leite e Caiado ficam em um bloco entre 10% e 3% das intenções de voto.

Em uma projeção apenas com Tarcísio e Marçal, o petista chega a 43%, e o governador vai a 24%. Nesse caso, Marçal marca 15%, ficando fora de um eventual segundo turno. Votos brancos e nulos somam 16%, enquanto 2% não responderam.

Entre os eleitores que se declaram fortemente bolsonaristas, 40% votariam em Tarcísio contra Lula, em um cenário sem Michelle ou Eduardo. Já em uma disputa entre o petista e Eduardo, sem Tarcísio nem Michelle, o filho do ex-presidente teria 30% das intenções de voto desse grupo.

Com informações do Portal Paraíba Já

Blog do Milton Figueirêdo

Milton Figueirêdo

Jornalista com especialização em telejornalismo.

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