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"O inventário do papel inacreditável interpretado pelo deputado federal Romero Rodrigues nestes últimos tempos terá que ser feito após a eleição, para maior e melhor análise e detalhamento.
Porque não é possível nem admissível crer e esperar que todas as reviravoltas de Romero, enquanto agente público, passem em branco para a História sem o registro adequado dos fatos e as indispensáveis considerações a respeito.
Provavelmente, Romero conta com isso, um esquecimento das muitas faces que, enquanto (tido como) líder assumiu, trocando de discurso como quem muda de roupa. E se, de fato, aposta que o assunto já se encerrou, está enganado.
Nenhuma figura pública pode esperar o silêncio sobre seus movimentos, notadamente quando tão contraditórios entre si, e nem tampouco se beneficiar pela falta do julgamento da opinião pública e da História.
Independentemente do resultado da eleição, Romero sai pequeno. Minúsculo. Menor do que quando começou sua carreira política. E não é por causa de Bruno ou de Veneziano, mas única e exclusivamente por sua própria causa.
A entrevista ao canal Bomba Paraíba mostra que Romero virou um político comum procurando em vão achar palavras, incapaz de olhar firmemente para a câmera como a fugir dos olhos do povo de Campina.
Um político que politicamente definhou, catando justificativas a esmo para tentar explicar o impossível. Um político que hoje tropeça nas próprias contradições insanáveis, cujo discurso se perde no vento.
Não existe mais em Romero qualquer sinal de liderança que exceda os meros poderes de um mandato; nada mais daquele vínculo natural e espontâneo com o povo; nem a sombra do líder inato que outros políticos desejavam, em vão, ser.
Provavelmente, repita-se, o parlamentar conta com o tempo como remédio para evanescer a memória daqueles que testemunharam suas voltas e reviravoltas dos últimos tempos.
Expectativa equivocada, porque a História não pode se fazer de esquecimentos. E nós estaremos aqui para lembrar."
Com informações do Portal Hora Agora