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Autoridades da Espanha confirmaram nesta quarta-feira (30/10) que ao menos 62 pessoas morreram e várias estão desaparecidas após as enchentes que atingiram a província de Valência. As inundações arrastaram carros, transformaram ruas de vilarejos em rios e interromperam o tráfego em linhas ferroviárias e rodovias.
Além das fortes chuvas, houve também queda de granizo e fortes rajadas de vento, segundo com o serviço meteorológico nacional Aemet. A agência previu que as tempestades devem continuar até esta quinta-feira (31/10)
A força da água arrastou veículos e destroços pelas ruas de várias localidades. A polícia e os serviços de resgate usaram helicópteros para retirar pessoas de casas e carros. O governo da região de Valência pediu aos moradores que se desloquem para terrenos mais altos.
O transporte aéreo e ferroviário também foi afetado. Um trem de alta velocidade com quase 291 pessoas a bordo descarrilou perto de Málaga devido a um deslizamento de terra. A empresa ferroviária estatal Renfe informou que o acidente, porém, não deixou feridos.
Comitê de crise
O serviço de trens de alta velocidade e outras linhas de passageiros entre Valência e Madri foi interrompido. Aulas tiveram de ser canceladas em várias escolas e universidades. Mais de mil membros dos serviços de emergências da Espanha foram enviados para as áreas atingidas.
A tempestade já havia atingido Mallorca e outras Ilhas Baleares na segunda-feira, onde um alerta amarelo de tempestade ainda está em vigor para algumas áreas.
O governo da Espanha criou um comitê de crise para coordenar os esforços de resgate, que será presidido pelo primeiro-ministro, Pedro Sánchez.
A tempestade deve se mover para nordeste do país nesta quarta-feira, enquanto um alerta de clima severo permanece em vigor para uma grande parte da Espanha.
Tempestades após forte seca
As tempestades que atingem a Espanha ocorrem após uma seca severa. Cientistas afirmam que o aumento dos episódios de clima extremo provavelmente está associado às mudanças climáticas. À medida que as temperaturas globais aumentam, o ar mais quente retém mais umidade, o que intensifica os níveis de precipitação.
Atividades humanas, como desenvolvimento urbano, desmatamento e infraestruturas inadequadas, também contribuem significativamente para os riscos de inundações. Do Metrópoles.
Com informações do Paraíba Já