‘Um vereador da oposição me relatava ainda ontem: “Eles foram impiedosos. Brincaram com vidas humanas e a dor das pessoas. Para onde teria ido esses milhões de reais?”.'
Campina Grande está ostentando hoje perante ao Ministério da Saúde, juntamente com algumas pouquíssimas cidades do Brasil, número que cabe em uma mão, o título de uma das cidades que não precisam de dinheiro para saúde pública.
Foi tema, inclusive, de piadas entre a ministra da Saúde em técnicos do SUS, com presença de vários parlamentares paraibanos, como a cidade que gastava milhões de reais com uma empresa, com o argumento que estava tentando implementar serviços de saúde, algo que o sistema do ministério já faz há anos a fio e totalmente gratuito para os estados e municípios.
Ora, se o SUS oferece tudo e de forma gratuita, com muito mais eficiência e eficácia, de onde teria partido essa ideia de gastar milhões com dinheiro público para comprar aplicativos de uma empresa que apenas levou o dinheiro da saúde de Campina Grande?
As questões que ficam: Esses recursos serão devolvidos e/ou recuperados? Quais serão os responsabilizados por esse ESCÁRNIO?
Vale lembrar que estamos falando de DINHEIRO PÚBLICO FEDERAL, e que todos os relatórios do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, que condenaram veementemente o uso indevido dos recursos públicos, foram também enviados para o TCU e para a AGU.
Quaisquer possíveis investigações sobre este caso serão conduzidas pelo MPF e pela Polícia Federal.
Em tempo: Logo após a informação do cancelamento do contrato, de forma unilateral, por parte da Secretaria de Saúde de Campina Grande, as críticas e os memes envolvendo o que seria o “SAÚDE DE VERDADE” não param, nas redes sociais.
Por Milton Figueirêdo