Quando o então prefeito eleito Bruno Cunha Lima anunciou para a sua gestão o nome do Técnico Gustavo Braga para a Secretaria de Finanças, a cidade meio que foi tomada por uma sensação de segurança.
Afinal, parecia que o equilíbrio fiscal que foi deixado pelo ex-prefeito, que também entregou a prefeitura a Bruno com mais de 80% de aprovação, seria, no mínimo, mantido.
Pois, Gustavo Braga pode ser considerado entre os melhores nomes técnicos disponíveis na Paraíba, seja para o serviço público ou para a iniciativa privada.
Todavia, ficou provado que não é somente com uma peça, ou somente pelo esforço de uma única pessoa, que se mantém de pé as finanças de um município com tanta complexidade como o de Campina.
O tempo passou e o equilíbrio das contas, principalmente aquelas dos pagamentos dos fornecedores de produtos e/ou serviços, além de folha de pessoal, mostrou-se que é algo que só se alcança com a ajuda de várias cabeças e várias mãos.
O que temos para hoje é uma completa crise financeira na Prefeitura, que atrasa pagamentos de fornecedores em várias secretarias, está em atraso com milhões de reais ao instituto de previdência, briga por empréstimos para tentar executar alguma coisa e até mesmo para sobreviver, tendo agora que apelar até para o corte de direitos adquiridos por vários servidores que já estão há décadas no serviço público e até mesmo estão em fim de carreira.
O mais grave é que está ficando uma marca de que o Governo Bruno não paga a quem deve e passa a ser chamado de Governo CALOTEIRO.
Basta acompanhar o sistema de atualização de pagamento do Sagres, do Tribunal de Contas do Estado, para ver o crescimento vertiginoso do número de empenhos para pagamentos que tem sido emitidos, e que não tem sido acompanhados pelas respectivas quitações financeiras.
Pelo bem da cidade e pelo bem da carreira do jovem político, sinceramente, eu torço para que haja uma reversão nesse quadro, pois, caso contrário, seria duríssima para todos nós.
A Câmara de Vereadores de Campina Grande precisa, URGENTEMENTE, deixar de ser omissa e conivente, e passar a fazer um acompanhamento de gestão fiscal na PMCG, de forma diária e contínua. E os respectivos ORDENADORES DE DESPESAS que também respondam na justiça por possíveis desmandos.
Por Milton Figueirêdo