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O deputado federal Hugo Motta (Republicanos) conseguiu nesta terça-feira (29) um apoio de peso para a disputa do comando da Câmara dos Deputados. O atual mandatário da Casa, Arthur Lira (PP-AL), oficializou o paraibano como o escolhido por ele para representá-lo na disputa. O anúncio foi feito ao lado de líderes de partidos como MDB e PP, de um vice-líder do PT e do presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), que abriu mão da disputa e abriu caminho para Motta. Lira, nos últimos anos, se transformou no mais poderoso presidente da Casa em todos os tempos.
“Declarar apoio a Hugo Motta, neste momento, é a minha contribuição pessoal para a convergência e para que possamos manter uma Câmara firme na defesa do Parlamento e do Brasil. Estou convicto de que o candidato com maiores condições políticas de construir convergências no Parlamento é o deputado Hugo Motta, nome que demonstrou capacidade de aliar polos aparentemente antagônicos com diálogo, leveza e altivez”, disse Lira. Estavam ao lado dele e deMotta os líderes Isnaldo Bulhões (MDB-AL), Dr. Luizinho (PP-RJ) e Rubens Pereira Jr (PT-MA), vice-líder do PT, e outros parlamentares.
Na tentativa de ampliar o apoio a Motta e atrair o PT, que está inclinado a entrar na aliança do líder do Republicanos, mas ainda não tomou a decisão, Lira decidiu retardar a tramitação do projeto que dá anistia aos envolvidos nos atos do 8 de janeiro. O projeto, que tinha votação prevista para esta terça na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, é um pleito da ala bolsonarista da Casa e agora vai passar por uma comissão especial.
“O tema deve ser devidamente debatido pela Casa. Mas não pode jamais, pela sua complexidade, se converter em indevido elemento de disputa política, especialmente no contexto das eleições futuras para a Mesa Diretora da Câmara”, ressaltou o mandatário, que preteriu os nomes dos líderes do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), e do PSD, Antônio Brito (BA). Durante o anúncio, os dois foram chamados de “verdadeiros amigos de vida”. Lira, agora, tenta demovê-los do projeto de disputa do comando da Câmara.
Na sequência, ainda na manhã desta terça, o Republicanos e o PP oficializam a adesão à candidatura. Motta tem sinalização favorável das bancadas do PL e do PT. O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, entretanto, condiciona o apoio ao projeto que anistia envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Motta entrou na disputa após a saída de Pereira. A mudança provocou uma reviravolta na disputa e atrapalhou os planos do líder do União Brasil, Elmar Nascimento, antes tido como favorito para ter o apoio de Lira.
Com informações de Suetoni Souto Maior