Leia o artigo de Marcos Marinho:
"O ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB) pisou feio na história ontem, via redes sociais, ao tentar responder falas do ex-secretário estadual de Saúde e candidato à Prefeitura de Campina Grande, Jhony Bezerra (PSB), após ter durante um ato de campanha afirmado desconhecer o médico.
– “De fato não o conheço, não o conheço mesmo e ele não conhece a história da cidade, acho que ele tem dificuldade de conhecer a própria Campina”, disse o ex-governador.
Até aí, tudo nos conformes da democracia, mas intempestivo como é do seu estilo coronelesco, Cássio derivou para atacar quem não está na disputa – o publicitário pernambucano José Maria Andrade, um gigante na arte do marketing político e que por mais de quatro décadas deu norte aos discursos e ao dia-a-dia não somente dele, mas de todos os outros da família que concorreram nas últimas campanhas.
– “A resposta que Jhony publicou não é dele, o texto é de Zé Maria Andrade e esse sim eu conheço de perto, há mais de quarenta anos”, afirmou o ex-prefeito lembrando ter um longo histórico de trabalho com o marqueteiro que na atual campanha trabalha com o socialista.
Cássio afirmou que não entrará no jogo de troca de farpas com Jhony Bezerra e sua equipe, pois este tipo de ação própria da política não faz mais parte da sua realidade desde que optou por não disputar mais cargos públicos quando não conseguiu se reeleger senador da República. O tucano disse ter a certeza de ser conhecido pela população de Campina Grande.
– “Jhony talvez não me conheça, assim como não conheço ele, não conhece a história da cidade, mas essa cidade me conhece e sabe o quanto eu trabalhei por ela”. E prosseguiu: “Tenho que responder em nome da verdade, em defesa da minha honra, em defesa da minha dignidade e lamentar Zé o que você fez de 42 anos da nossa relação, que eu pensava inclusive que era uma relação de amizade”, concluiu Cássio.
De modo leviano e inconsequente, Cássio mostrou sua revolta com seu ex-marqueteiro, acusando-o de ter se “vendido” a Johny Bezerra, como se o gabaritado profissional fosse sua “reserva de domínio” e não tivesse o direito de trabalhar na Paraíba para mais ninguém que não tenha sobrenome Cunha Lima, num gesto de pequenez inominável.
TRABALHO DECENTE
Na ânsia de diminuir e caluniar o candidato Johny e o marqueteiro Zé Maria, Cássio escorregou feio e acabou por confessar não ter feito um “trabalho decente” enquanto gestor público em Campina Grande e na Paraíba, algo aliás já sentenciado pela Justiça, que cassou seu mandato de governador por ilícitos abomináveis, contribuindo assim para que mais à frente o próprio iludido povo o retirasse da vida pública, derrotando-o humilhantemente no projeto de reeleger-se Senador.
– “Deixei tudo e hoje TRABALHO HONESTAMENTE, de FORMA DECENTE, para cuidar do sustento da minha família”, finalizou num ‘mea culpa’ surpreendentemente verdadeiro."
Por Marcos Marinho