Leia matéria do Portal JCPE:
A condenação de Leo Lins, que foi sentenciado à prisão por "discursos preconceituosos contra diversos grupos minoritários", continua gerando discussões.
Dentre as várias reações sobre o caso, dois nomes conhecidos do humor, Marcos Mion e Marcelo Tas, se posicionaram publicamente em defesa do comediante.
Embora discordem do conteúdo das piadas de Leo
Lins, que frequentemente abordam temas polêmicos e ofensivos, Mion e Tas manifestaram apoio à liberdade artística. Para ambos, a decisão judicial de prender Lins é vista como "absurda" e "sem sentido". Mion, em suas redes sociais, destacou que já teve um desentendimento com Lins no passado devido a uma piada sobre autismo, mas ainda assim considerou Lins um "excelente humorista". Por sua vez, Marcelo Tas, no X (antigo Twitter), chamou a sentença de censura e sugeriu que, quem não gostasse do trabalho de Leo Lins, simplesmente procurasse outro tipo de entretenimento.
A condenação de Leo Lins, que inclui uma multa de 1.170 salários mínimos e uma indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos, foi fundamentada em um vídeo publicado no YouTube, no qual o comediante fez piadas consideradas discriminatórias. O processo foi movido a partir de uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF). O vídeo, intitulado "Perturbador", foi produzido em 2022 e traz piadas sobre diversos grupos, como negros, idosos, obesos, portadores de HIV, homossexuais, indígenas, nordestinos, evangélicos, judeus e pessoas com deficiência.
A sentença também levou em consideração a grande repercussão do vídeo, que, em agosto de 2023, já tinha ultrapassado três milhões de visualizações na plataforma. O advogado de Leo Lins, Carlos Eduardo Ramos, anunciou que recorrerá da decisão, classificando-a como "um triste episódio para a liberdade de expressão no Brasil".
