Leia a matéria de Suetoni Souto Maior:
O prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil) não tem tido vida fácil neste segundo mandato. Antes de completar 100 dias da nova gestão, ele já enfrentou três crises apenas na Saúde. E todas com cheiro de má administração. É um quadro sui generis, destes difíceis de ser imaginado por quem observou há pouco o mandatário ser reeleito. O caso mais recente é o da morte de Maria Danielle Cristina Morais Sousa, de 38 anos, sepultada na tarde desta quarta-feira (26). Ela foi vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, mas uma série de negligências médicas precedeu este destino infeliz para a família.
Daniella morreu dias após ser internada no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), em Campina Grande. Neste período, ela perdeu o bebê durante o parto e ainda teve a retirada do útero. A Secretaria de Saúde de Campina Grande divulgou uma nota lamentando a morte da mulher. Segundo a pasta, ela se recuperou bem de uma segunda cirurgia realizada no Hospital Doutor Edgley, e tinha recebido alta no domingo (23). A secretaria relatou ainda que ela foi internada no Hospital Pedro I com sinais de um possível Acidente Vascular Cerebral hemorrágico. Mas o que se tem, de verdade, é uma família destruída.
E a coisa só piora. Também neste mês a Prefeitura de Campina Grande foi acusada pelo presidente do Hospital Help, Dalton Gadelha, de não ter pago R$ 33 milhões à instituição, o que o levou a judicializar a cobrança. O caso, lógico, gerou muita repercussão negativa. A gestão municipal contestou a informação, reconhecendo, porém, uma dívida menor e alegando ser ela de R$ 700 mil. Mas mesmo que seja verdade, o estrago em relação à imagem administração foi grande, cheirando a coisa errada e com prejuízo de imagem precificado.
E o pior é que estas duas crises já sucedem uma outra: os atrasos no pagamento dos salários dos servidores. O prefeito, em resposta, reclamou da politização dos últimos acontecimentos. A queixa, lógico, é válida do ponto de vista discursivo, porém, fica claro que o futuro político do gestor está sendo corroído. Não faz muito, durante a filiação ao União Brasil, aliados de Bruno falavam em um voo mais alto, talvez com a disputa do governo do Estado. Acontece que se isso era difícil na época, agora é ainda mais complicado de ser imaginado.
O que se tem por hoje é a conclusão de que se o prefeito não tomar conta da gestão, continuará sendo assombrado.
Com informações de Suetoni Souto Maior