OS VEREADORES E A CASA DE FÉLIX ARAÚJO É DESRESPEITADA COM O MAIS ALTO NÍVEL DE MOLECAGEM.
No jogo da DEMOCRACIA está mais que claro que quem governa é o EXECUTIVO, qualquer que seja a esfera (presidente/governador/prefeito).
O chefe do executivo é aquele que recebe o sufrágio das urnas, com a sua maioria dos votos válidos.
Só que esse mesmo jogo é acompanhado de um amplo conjunto de regras que são as leis federais, estaduais e municipais.
Todas elas que criam e delimitam os poderes, além de direitos e deveres, com formação dos vários agentes sociais e amplo espaço público para opinião e formação de ideias.
Nesse quesito fica muito difícil de compreender como pensa em governar o prefeito campinense.
Um bacharel em direito que imagina que a todo custo pode construir em um ambiente político aquilo que ele bem entende, sem consultar ou ter que contar com a anuência dos demais atores democráticos envolvidos.
E foi exatamente isso que aconteceu na guerra com o legislativo. Diga-se de passagem, totalmente descabida.
Um prefeito que além de ter assistido a sua equipe atacar e processar jornalistas, se utilizando para isso de órgãos oficiais, agora assiste também, inerte, a assessores diretos, ocupantes de cargos de indicações políticas, pagos com dinheiro público, agredirem de forma pública o poder legislativo municipal, chamando-os de "canalhas". Esses mesmos assessores também apontam em suas postagens que os parlamentares "estariam a procura de interesses, como se a prefeitura fosse uma factoring", e o próprio prefeito, em sua rede social, chegou a dizer que iria "mostrar para a cidade quais seriam os reais interesses da bancada de oposição na Casa de Félix Araújo".
Infelizmente, a atual gestão da Prefeitura de Campina está podendo até ser - verdadeiramente - comparada a um conjunto de episódios d'A Escolinha do Professor Raimundo.
Por Milton Figueirêdo
