OPINIÃO: Bruno Cunha Lima parece que não entendeu onde está inserido

Prefeito de Campina Grande Bruno Cunha Lima.
(Imagem: Reprodução)

O prefeito de Campina é aquela sujeito aparentemente agradável. Gente boa, Que grande parte da cidade viu crescer e aprendeu até a gostar dele.

Educado, sorridente e amável. Ninguém pode negar isso de Bruno.

Foi vereador, deputado estadual, suplente de deputado federal (não tendo sido eleito por pouco) e depois prefeito.

De família de políticos e criado nesse ambiente, BCL seria, indiscutivelmente, o nome ideal para a prefeitura de Campina Grande. E com tudo isso somado ao super-apoio de Romero Rodrigues, o grupo Cunha Lima e os Ribeiros, ganhou no primeiro turno, com folga.

Mas depois chegou a hora da onça beber água.

Chegou o dia de administrar e dizer para que veio. E desde que assumiu, sem nenhuma explicação compreensível, Bruno não quis mais dialogar e ouvir RR, ou quem quer que seja, e seguiu seu vôo solo. Quem é dos bastidores dessa história, ou conhece de política, sabe o que estou falando.

É claro que BCL tinha e tem todo o direito de fazer da forma que ele quiser. Mas o preço também está aí e a conta chegou. Em sua atual gestão, Bruno conseguiu se desconectar e se indispor com boa parte do empresariado campinense, as categorias dos servidores, e grande parte da classe política que o apoiou e foi decisiva para a sua eleição ele resolveu descartar.

Bruno se cercou e se cerca, em sua maioria, de pessoas sem nenhuma experiência administrativa ou de dinossauros da política, sem qualquer vivência pública de sucesso. Não sei se são apenas românticos sonhadores ou são despreparados mesmo. (Com o devido respeito a história de quem quer que seja. Mas falta humildade a muita gente)

Passando por tudo isso e dentro de um governo que não conseguiu inovar ou entregar nada de relevante ao município, BCL, que vê a sua gestão também com vários problemas junto ao TCE, ainda acumula uma das maiores rejeições e reprovações que um Cunha Lima pôde saborear à frente da PMCG.

Com uma gestão completando 3 anos, muito abaixo da média, Bruno não entendeu que está em conflito com a maior parte da população campinense, o Governo do Estado, a Assembleia Legislativa, o Deputado Federal líder da maioria e relator da reforma tributária na câmara dos deputados, a Senadora coordenadora do orçamento no Congresso Nacional, os maiores partidos e os maiores nomes políticos da Paraíba, além de já ter transformado em adversário o maior prefeito da história recente da cidade - com a maior aprovação de Campina Grande - isso dito pelo povo nas ruas - Romero Rodrigues.

Ninguém quer o mal de Bruno. Mas, o bem da cidade é muito maior que ele.

Como diria o ex-presidente FHC: “Assim não dá. Assim não dá.”

Por Milton Figueirêdo

Blog do Milton Figueirêdo

Milton Figueirêdo

Jornalista com especialização em telejornalismo.

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