Leia a matéria completa de Suetoni Souto Maior:
Amigos, amigos, negócios à parte. Deve seguir por aí o futuro dos integrantes da chapa Quero-Quero, derrotada nas eleições deste ano em João Pessoa. O ex-ministro Marcelo Queiroga (PL) e o pastor Sérgio Queiroz (Novo) foram unidos por interesses na disputa municipal, neste ano. O segundo tinha maior densidade política, enquanto que o primeiro era apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, também do PL. Foi ministro da Saúde no governo dele, para ser mais específico. Acontece que, agora, os interesses dos dois devem seguir caminhos distintos.
Um artigo publicado na coluna da jornalista Bella Megale, de O Globo, neste terça-feira (29), mostra que o interesse do ex-presidente, agora, é tentar eleger os apadrinhados derrotados nos Estados para o Senado. O número mágico é 54 cadeiras para a Casa Alta, o que representa dois terços do colegiado. Isso seria o suficiente para votar o afastamento de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Este é um sonho dos bolsonaristas, que têm Alexandre de Moraes como inimigo e tentam há vários anos forçar um impeachment no Senado, sem sucesso.
Para esta nova empreitada o grande problema é conciliar os interesses na chapa Quero-Quero. É inegável o maior apreço de Bolsonaro por Queiroga, acontece o maior nome do grupo, no Estado, é Queiroz, que conseguiu na eleição de 2022 mais de 233 mil votos na disputa pela Casa Alta, sendo 107 mil só em João Pessoa. Na empreitada deste ano, a chapa composta pelos dois conseguiu apenas 146 mil votos no segundo turno das eleições, na capital. Por conta disso, foi derrotada pelo atual prefeito, Cícero Lucena (PP), que conquistou 258 mil votos e uma vantagem superior a 112 mil votos.
A intenção de Sérgio Queiroz em relação ao pleito é inequívoca. Logo depois de encerrada a votação, ele lançou enquete nas redes sociais questionando que cargo deveria disputar no pleito de 2026. Queria saber se o governo ou o Senado. A primeira opção é bem difícil, restando a segunda como a mais viável, afinal, são duas vagas. Neste caso, uma possibilidade seria ele migrar para o PL, mas isso não vai resolver a equação Queiroga, mesmo que tenha havido promessas no pleito atual. Por isso, há forte tendência de confronto interno. A conferir.
Com informações de Suetoni Souto Maior