Por que a IA chinesa DeepSeek é apontada como ameaça ao protagonismo dos EUA no setor - Paraíba Já


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"“Momento Sputnik”: esta foi uma das expressões usadas pelo mercado para resumir a reviravolta causada em poucos dias pelo DeepSeek, o rival chinês do ChatGPT.

A nova versão do robô conversador (chatbot) foi lançada ao público no dia da posse de Trump, 20 de janeiro. Em uma semana, virou assunto do momento e, na última segunda-feira (26), fez empresas gigantescas de tecnologia perderem US$ 1 trilhão na bolsa de Nova York, ao ultrapassar o ChatGPT em número de downloads nos EUA, na loja de aplicativos da Apple.

O que faz analistas e investidores compararem a novidade chinesa ao lançamento do satélite soviético Sputnik, em 1957, que pegou os americanos de surpresa e deu origem à corrida espacial durante a Guerra Fria?

Parte do que preocupa observadores da indústria de tecnologia dos EUA é a ideia de que a startup chinesa está emparelhando com empresas americanas na corrida pelo domínio da inteligência artificial, só que com gastos bem menores. E essa nova corrida vai muito além da tecnologia.

Entenda mais abaixo

O crescimento da DeepSeek é um momento importante porque coloca em xeque a ideia de que os EUA vão manter sua liderança global por meio da infraestrutura de inteligência artificial, afirma o professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Álvaro Machado Dias.

Mas a disputa com a China não deve seguir os mesmos moldes da Guerra Fria, em que o mundo se dividiu entre aliados dos EUA e da União Soviética. Isso porque os outros países não devem apoiar esse modelo, avalia Machado Dias.

“Está muito mais no interesse americano criar essa dicotomia do que no interesse chinês. Os chineses não querem Guerra Fria nenhuma. Pelo contrário: eles querem ter os Estados Unidos como parceiro comercial, estratégico, tecnológico”, afirma.

A possibilidade dos EUA perderem a liderança no domínio da IA para a China pode ter consequências geopolíticas relevantes, segundo Anderson Soares, coordenador Centro de Excelência em IA da Universidade Federal de Goiás (CEIA-UFG).

“Estamos falando de uma tecnologia generalista que tem se apresentado como o grande combustível da nova Revolução Industrial. Ela está presente em todos os eletrônicos usados hoje e dominá-la significa ter produtos melhores e mais baratos e, consequentemente, ter mais poder e influência”, descreve.

Com informações do Portal Paraíba Já

Blog do Milton Figueirêdo

Milton Figueirêdo

Jornalista com especialização em telejornalismo.

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